A paixão é como a depressão, retira dos seres humanos a capacidade de discernir, ponderar, raciocinar e produzir. Não quero dizer com isso que as ações acima sejam as que devemos cultivar em todas as esferas de nossa atividade humana. De forma nenhuma. Mas quero dizer que, ao se assemelhar a um estado dito anormal da atividade cerebral e do comportamento social, poderia, por apenas uma vez sequer, ser foco de pesquisas da área farmacêutica. Quantos problemas evitaríamos se nossos amigos ou nossa família nos pudessem medicar para que víssemos o que só vamos ver algum tempo depois? E se o que víssemos nos agradasse realmente, deixaríamos de tomar a pílula e viveríamos como se nada tivesse acontecido. Afinal, normalmente quando estamos bem não lembramos das fases ruins e quando estamos mal pensamos que nunca houve tempo bom.
Uma dor de verdade não cura com um gelo de mentira.
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6 comentários:
Oi, Elis. Esse texto traduz toda a minha russa emocional, a única coisa que não passou junto com a minha adolescência.
acho que não deixamos de ser adolescentes, né?
Bonito texto Elis!
gosto muito dos seus escritos.
beijos, elis
veio a calhar, vc sabe.
beijos
Não, Elis. Acho que não deixamos nunca de ser adolescentes. Às vezes, eu adoro isso; outras, deploro minha vida emocional infanto-juvenil. Um beijo. Clio.
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