segunda-feira, outubro 31, 2005

Morro de preguiça de cuidar de mim

Detesto lavar os cabelos; passar creme no corpo; escovar os dentes; vestir pijama; calçar um tênis; fazer ginástica; ir ao cabeleireiro; ter unhas grandes; usar soutien; trocar de modess; me depilar; ir a um shopping; provar uma roupa; escolher um sapato; cortar as unhas; beber um copo d’água; ter de me assoar; me enxaguar; ficar ereta; trocar de brinco; tirar e voltar a colocar um simples colar; ser gente grande; ter de viver todos os dias, perdendo meu tempo com essas tarefas que, se não fosse a civilização asseada, juro para mim que jamais as faria.

Gente dissimulada

Odeio gente que não sabe o que faz
Não sabe que número ligou
Não sabe que dia é hoje
Não sabe que horas são

Odeio gente que esquece o que diz
Esquece da sua opinião
Esquece da sua promessa
Esquece de um compromisso

Odeio gente que confunde os nomes
Confunde as chaves
Confunde a vaga
Confunde os quartos

Odeio gente dissimulada.

Quase não acredito que tudo isso
possa acontecer a alguém
Mas se isso acontecer realmente,
Não odeio a essa gente.

Plágio

Não há razão no amor
Essa frase não era minha
Mas passou a ser, agora.

terça-feira, outubro 25, 2005

Un año sin ti

Un año sin ti.
Pasaran muchos más,
yo seguire sin ti,
no hay dudas.


Tampoco esperanza.

Yo

Mi cuerpo es sano
Mi mente, abierta
Mi vida, reglada
Mi hijo, tranquilo

Mi jefe es bueno
Mi madre, una flor
Mi padre, bendición
Mi casa, soleada

Mi cielo es limpio
Mis arboles, fructiferos
Mis amigos son majos
Mis colegas, dedicados

Todo es tan bonito
Me parece tan perfecto
Todo lo que tengo es
Todo lo que me falta

Mi corazón es pequeño.

Me llevabas a tu pueblo

Me llevabas a tu pueblo
A mirar el más bello cielo
cuantas estrellas yo veía
Casi siempre una fugaz

Sabes lo que yo pedía
Tres deseos, mi derecho
Te miraba y solo para mí
Me decía bien bajito

Quiero ser feliz contigo
Quiero ser feliz contigo
Quiero ser feliz contigo

En tantos otros pueblos
Una docena de fugaces
Siempre el mismo deseo

segunda-feira, outubro 24, 2005

Ando Cândida com sorte

Quase que diariamente me acontecem as melhores coisas que jamais me puderam acontecer. É que faço um esforço enorme por me tornar, cada vez mais, a mais ingênua das criaturas do mundo. Vivo no melhor dos mundos possíveis.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Eu subi na vida - Há um mês algo mudou

Saí do 2º e fui para o 5º.
Era da direita e sou da esquerda.
Mudei do poente para o nascente.
Troquei o fixo pelo móvel.
Deixei o pago pelo de graça.
Larguei o limpo e peguei o sujo.
Apaguei o bom, revelei o ruim.

E quero mais.

Natércia não soluça, , , , , mas escreve muito e bem

Sabe, Natércia, quando leio suas histórias tenho vontade imensa de ter tempo para viver e perceber o mundo. Este mundo seu, todo construído em primeiríssimo plano. Excelentes seus textos. Parabéns!

segunda-feira, outubro 17, 2005

Diálogos adulterados XIV: o literal do Raul

Desde às 10h da manhã fora de casa, depois de percorrer pelo menos uns cinco lugares diferentes, morrendo de vontade de chegar em casa, eis que meu lindo filhinho me diz:

Mamãe, mamãe, mamãe!
Diz, Raul!
Vamos lá no tio Ricardo, vamos!
Vamos sim, Raul! Mas vamos dar só uma palavrinha com ele, certo?
Tá bom, mamãe. Só uma palavrinha.
E qual é a palavrinha que a gente vai dar, Raul?
Humm...vou dizer ao tio Ricardo: fui passear.

Já na casa do tio Ricardo e da tia Fran, Raul nem se lembrou da palavrinha. Queria era brincar de voar como um passarinho naquele imenso terraço.