quarta-feira, maio 16, 2007

Ainda sobre o vazio

Queria sentir sem ter medo,
nem memória. Amar sem pensar.

Do passado tenho más lembranças.
Do futuro, más perspectivas.
Porque do passado se fez o futuro
E o futuro já decepcionou.

E aqui do hoje, eu
Como se tudo já houvesse,
Como se tudo já vivido.
Fica um vazio em mim: um vazio.

Como se o erro não fosse passado
e para sempre faltasse uma peça
de um momento morto
que não poderei jamais recuperar.

2 comentários:

Anônimo disse...

(Ainda que nada)
Sobre o vazio, sempre há... ou houve, ou haverá... (em que tempo se pode conjugar a falta do que existir?)

Anônimo disse...

Quem vive não pensa; quem pensa, vive do que pensa e não vive; quem pensa sobre o que pensa que vive, nem vive nem pensa, se ilude.