terça-feira, setembro 23, 2008

Meu amor, meu querido

Queria saber dizer como você,
em seu poema, de modo bem condensado,
Que o amor que sinto por você é grave
Não é brincadeira, nem coisa do passado

Queria saber descrever o tamanho da saudade
Mas não sei fazer versos tão bonitos, enfeitados
Só uso frases comuns, cheias de verbos, mal rimadas
Na expressão sou seca, sem força, quase vazia

Repito tanto que te amo e que te quero
Falo tanto que tanta saudade tenho
Que tudo isso já sem força
Quem sabe fere seu coração romântico

Você, quiçá, quisera ouvir versos austeros
Seria, pois, um sinal de muito esmero
Da amada aqui, mas cujo parco talento,
Não sabe mais do que repetir o mesmo

Não esqueci do seu poema, tão hermético
Entre as palavras, entre as linhas, entre os versos
Tudo a preencher, assim dizer, bem poético
Mas sua amada aqui, para dizer do amor que sente

Aprendeu com a vida e as rimas a repetir o trivial
Que sabe bem, o quanto for, te esperar
Que de ti está a sentir uma saudade imensa
Que por ti sente de dentro um amor sincero.

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